segunda-feira, 27 de julho de 2015

Negro imundo

Negro imundo!
Negro vil de trêmulo futuro.
Negra-sangue que, de chicotadas inacabáveis,
Fez rasgar-lhe a carne e, de teu ventre cair os negros-bandidos dos brasis cinzentos do futuro.

 "Negro"
  "Negro"
  Nego-o
  "Nego-o até morrer", não são tão reais como Jesus na cruz, neste tronco a gemer.

 Mas, parece-me que uma foice e um martelo foi o que lhe deram, e tu adornaste com muito esmero, para de qualquer forma perecer.
  Negro, porque odeio-te tanto? Sei que também moras nos livros, lá na estante. Não apenas na prisão que contemplo, em meu castelo.

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